A indústria de cosméticos utiliza várias truques em suas
propagandas e nas embalagens dos produtos para tentar te convencer a comprar.
Mas será que as vantagens anunciadas são significativas? Aprenda a se defender!
Só por que um produto foi testado dermatologicamente, não
significa que ele seja recomendado por dermatologistas. Aliás,
“dermatologicamente testado” é uma frase sem sentido, que tentam mostrar uma
vantagem que não existe: afinal de contas, todos os produtos para serem
comercializados de forma legalizada precisam ser dermatologicamente testados.
Produtos para pele e cabelos muitas vezes são anunciados
como "pH balanceado", em uma tentativa de mostrar aos consumidores
que o produto é menos irritante ou que funciona melhor. A verdade é que
qualquer produto decentemente formulado (isso é, em um laboratório
especializado), será feito em uma gama de pH que seja compatível com a pele e
cabelo. O consumidor jamais vai notar a diferença entre um produto "pH
balanceado" e um “comum”.
É ótimo que as empresas estejam adicionando fator de
proteçao solar (FPS) em produtos diversos, como maquiagem por exemplo. No
entanto, existem duas formas de proteção solar: física e química. A física é a
proteção que você provavelmente conhece, aquela que bloqueia e reflete os raios
UV. A proteção química, no entanto, absorve os raios e cria radicais livres,
danosos para a pele. Como não é trivial identificar qual tipo de proteção o
produto oferece, é bom ficar atenta: apenas por que um produto anuncia que tem
fator de proteção solar, não significa que você esteja segura e livre de
efeitos colaterais. Por isso, ao comprar um filtro solar, certifique-se se ele
tem fator de proteção UVA e UVB.
Os marqueteiros sabem que a expressão “comprovada” é
bastante forte, pois faz com que as pessoas automaticamente pensem “esse
produto funciona”. A verdade é que a tal “comprovação” da fórmula é dada pela
própria empresa, e não por nenhum órgão externo competente. Assim, a expressão
“comprovada”, nesse contexto, não quer dizer muita coisa: a eficiência do
produto continua sendo uma mera questão de confiar ou não na marca. E que marca
falaria que suas fórmula não funciona, não é mesmo?
Seria ilegal para uma marca anunciar que um produto resolve
um determinado problema diretamente, quando na verdade não resolve tal
problema. No entanto, é perfeitamente legal anunciar que um produto “ajuda a”
resolver um problema. A palavra “ajuda” é suficientemente vaga para que não
haja o comprometimento com resultados. Então cuidado: muitas empresas usam essa
expressão quando querem afirmar algo que não podem provar.
Algumas pessoas acreditam que produtos feitos por diferentes
empresas são, de certa forma, “incompatíveis”.
Ou seja, se, por exemplo, você usa o shampoo de uma marca, deveria usar
o condicionador da mesma marca. A verdade é que cada categoria de produtos
utiliza basicamente os mesmos ingredientes básicos, e variam apenas em aromas
ou detalhes pouco importantes. Aliás, cada produto tem seu ponto fraco e forte,
então o melhor mesmo é sempre variar e misturar marcas!
De acordo com a legislação, para um produto poder ser
chamado de “natural”, basta que uma parte da composição da fórmula seja
natural. E o resto da fórmula? Pode ser composto dos produtos químicos mais
agressivos, e ainda assim o produto se encaixa nessa categoria. Para piorar a
situação, não há consenso sobre o que a palavra “natural” signifique: algumas
empresas dizem que se um produto vier de fonte natural, ele já pode ser chamado
de natural (mesmo que seja modificado quimicamente posteriormente). O fato é
que as empresas adicionam essa expressão nas suas embalagens para dar a
impressão que os produtos são mais seguros, o que nem sempre é verdade.
Via Beleza e Saúde
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